sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Como ligar menos vezes seu computador

Resposta mega-spoiler: compre um smartphone. Sim, o tal do "telefone esperto", que faz mil coisas, não serve café na cama mas ajuda a pedir uma (sagrada) pizza.

Agora, ao texto em si, ao ponto em que eu quero chegar. Computadores servem para muitas coisas, tornaram-se objetos quase onipresentes e absorveram muitas funções de outras máquinas. Há alguns anos, a única coisa melhor que um computador eram dois computadores. Dois conjuntos de CPU, monitores (provavelmente ainda daqueles de tubo de raios catódicos, em que o máximo era ter um monitor de tela plana), teclados, mouses e demais periféricos. De uns tempos para cá, a tendência é que os computadores fiquem menores.

Eu falei em absorver funções? Que tal absorver o telefone celular? Estamos falando de anos 2000, não há mais aquela defasagem tecnológica que dava a incrível experiência de comprar um telefone e tê-lo habilitado no mínimo uma semana depois (sim, eu tenho uma ponta de caráter saudosista, saudades de tempos que não quero viver nunca mais).

Muitas pessoas que compram seus Android's, iPhones e Blackberries (desculpas para quem é fã de Symbian, mas um dia a gente cansa da vida de mulher de malandro) usam o telefone mais como computador para funções triviais do que como celular de fato. Quando meu telefone principal era um Nokia 5530, isso já acontecia bastante. Chegou no ápice com o iPhone, em que passei dois dias sem perder conectividade ao manter meu notebook fechado na mochila. Poderia passar mais, mas de vez em quando precisamos trabalhar.

Sim, precisamos trabalhar, e a tendência é que os computadores — do jeito que os encaramos — sejam utilizados para trabalhar. Apesar de gostar de ver como os computadores absorveram tantas funções, gosto de ver esse universo se descentralizando como tem acontecido. Tarefas "sociais", que não exigem tanto, cada vez mais ficam nos smartphones e tabs/pads (ainda prefiro que o nome "tablet" se restrinja àquelas superfícies para desenho); jogos ficam nos seus respectivos consoles, enquanto as versões para computador cada vez tendem-se a se tornar "de nicho". Trabalhos mais pesados ficam para os computadores, como sempre devia ter sido.